sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Polêmica na posse de Obama

O pastor Louie Giglio
Foto: ThinkProgress
Pastor acusado de homofobia desiste de ministrar benção na posse de Obama
A questão LGBT nos EUA vem apresentando lances cada vez mais interessantes. Agora, o próprio Obama foi envolvido.
O cerimonial da Casa Branca havia convidado o pastor Louie Giglio para ministrar a benção na cerimônia de posse do presidente. Giglio é um personagem respeitado no mundo evangélico e conhecido por sua liderança na luta contra o tráfico de seres humanos. Mas, como muitos, ele condena o homossexualismo.
Há uns 15 anos, Giglio proferiu um sermão instando os cristãos a responderem com firmeza, “mas com amor” à agressiva agenda defendida “não por todos, mas por muitos” na comunidade homossexual. Aparentemente, foi uma das poucas ocasiões que o pastor se manifestou sobre o tema.
Na última quarta-feira (9), o blog “ThinkProgress”, de inclinação liberal (para os padrões norte-americanos), recuperou esse discurso e abriu uma torrente de comentários de ativistas prós e contras os direitos dos homossexuais.
Louie Giglio acabou retirando a aceitação ao convite para evitar que a cerimônia fosse ofuscada “por aqueles que procuram fazer a sua agenda o ponto focal da inauguração” (...) “Respeitosamente retiro a minha aceitação ao convite do presidente”.
A Casa Branca alega que não estava ciente dos comentários passados do pastor.  Ao mesmo tempo, Richard Blanco, um poeta e ativista gay, foi convidado para escrever e ler o poema da cerimônia de  posse.
O noticiário mais sensacionalista e interessado em alimentar a polêmica afirma que trata-se de uma substituição. Isso não é verdade. Para a cerimônia de posse de seu primeiro mandato, Obama convidou o pastor batista Rick Warren, conhecido oponente do “casamento” homossexual, e o bispo gay Gene Robinson.
A questão LGBT está se acirrando e não apenas nos EUA. Lideranças contrárias à agenda gay acusam Obama de tentar segregar os cristãos que condenam a homossexualidade. É o caso de Penny Nance, líder do grupo pró-família Concerned Women for Americane. Disse ela ao The Christian Post, um dos mais importantes jornais evangélicos do mundo:
“Isso não é algo novo. Esta administração tem, de modo calculado e cuidadoso, excluído quem não partilha as suas opiniões. E as suas opiniões são as mais de esquerda na história dos EUA. Ele é perigoso e não é saudável para qualquer administração impedir um contrapeso de crenças.”
Acesse o blog ThinkProgress.
Acesse a matéria no The Christian Post.
O Cristan Post possui uma versão em português.